O Sagrado
O Sagrado é a 3a. Carta do Caminho Sagrado da Beleza.
Por Isabela Stoop
Tornar sagrado é dar um sentido ritualístico à nossa existência.
É viver com a intenção de que tudo pode ser uma oferenda.
É seguir com coerência o nosso propósito de vida.
Com o tempo, desenvolvemos esta percepção contínua, atentos a não nos desviarmos do nosso Caminho Sagrado.
Pois dentro de nós habita sempre uma voz de aprovação. Uma voz capaz de perceber, com o mais profundo grau de sutileza, as nuances do que é bom, do que é certo, do que é desejável, do que é esperado, do que é sublime.
Do essencial, do eterno, do intrínseco, da verdade universal.
Para ouvir essa voz, é importante interiorizar a geometria sagrada, que traz em si a perfeição da harmonia, do divino, da fluidez, da ordem natural das coisas.
Quando buscamos a geometria sagrada nas nossas escolhas cotidianas. na decoração da nossa casa, por mais simples que seja, na organização do meio onde vivemos, na natureza preservada e cuidada, na percepção do equilíbrio ao nosso redor, aí, sim, conseguimos estender o sagrado em nós ao tornar sagrado fora de nós.
Esse sagrado se expressa lindamente nas palavras da Oração de Navarro:
☽ A Beleza com que eu vivo
☽ A Beleza pela qual eu vivo
☽ A Beleza sobre a qual construo a minha vida
É a beleza que edifica, que enobrece, que sublima, que torna a vida especial.
A beleza que nos permitirá alcançar o que Sêneca lindamente expressou em A Tranquilidade da Alma: a ausência de inquietação.
Que mais nobre poderíamos almejar?